sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Saúde Vocal



O segredo para ter uma boa saúde vocal.

A voz apresenta 3 funções primordiais na comunicação humana. Revela algum aspecto do falante: idade, emoção e nível sócio-cultural-econômico. A voz é uma das extensões mais fortes da nossa personalidade um meio essencial de atingir o outro.

A voz fluida é a melhor , visto que, do ponto de vista auditivo apresenta uma emissão mais agradável, solta e relaxada. Do ponto de vista psicológico, é considerada uma voz atraente e sedutora.
Devemos priorizar o cuidado com a voz , para se ter uma boa voz é necessário:

• Diminuir os fatores estressores da voz ( frio e calor );
• Evitar ruído intenso;
• Evitar ar condicionado ( ambiente muito seco) ;
• Aumentar a hidratação;
• Manter a coordenação respiratória adequada
• Fazer massagens e relaxamentos na região da cabeça, pescoço e ombros;
• Fazer aquecimento e desaquecimento vocal;
• Manter uma postura adequada na hora da locução;
• Evitar excesso alimentar antes da locução;

Recomendações básicas para ter uma boa saúde vocal :

• Repouso Vocal Relativo: Evitar o uso prolongado do telefone; falar em alta intensidade e utilizar a impostação vocal profissional no cotidiano.

• Aquecimento Vocal: É importante eliminar tensões corporais antes de realizar a locução. Exercícios corporais podem ser realizados juntamente com os exercícios vocais

• Lubrificação Laríngea: Indica-se o condumo de 2,5 L a 3,0 L de água ao dia ( 1 copo a cada 40 minutos na presença do ar condicionado) e redução de consumo de cafeína, leite, e derivados, álcool, tabaco e medicamentos que causam ressecamento da mucosa.

A relação da Fonoaudiologia com a leitura infantil



A atuação do fonoaudiólogo no desenvolvimento infantil.

A Fonoaudiologia é uma ciência voltada para pesquisa, prevenção, avaliação e terapia, focada na área de comunicação oral e escrita, voz e audição, tem como uma das principais finalidades auxiliar os indivíduos que apresentam alguma dificuldade em relação à leitura e escrita, aquisições fundamentais para o desenvolvimento da criança.

Partindo desse pressuposto, surge então a grande necessidade de incentivar a criança à prática da leitura desde cedo, considerando que o estímulo precoce torna-se um importante e significativo mecanismo facilitador da aprendizagem e da integração do meio no qual vivemos.

A Fonoaudiologia, quando aplicada como ação preventiva ou de reabilitação, necessita utilizar a leitura como recurso, em especial, com as crianças, com a finalidade de desenvolver habilidades que estejam associadas à linguagem, visto que essa área é de fundamental importância para o desenvolvimento psicossocial da criança.

Segundo estudos realizados, o professor que utiliza da leitura compartilhada com crianças da pré-escola promove neste instante a aprendizagem das pequenas. Tal benefício ocorre devido o desenvolvimento do vocabulário que conseqüentemente enriquece a compreensão de conceitos, resultando na capacidade que a criança desenvolve em conhecer a linguagem escrita dos livros.

Eis então a importância de orientar professores e pais, em especial de pacientes, a explorar os benefícios da leitura infantil.

A importância do teste da orelhinha nos bebês recém-nascidos



Teste da orelhinha: a triagem auditiva neonatal. (Infografia: Rubens Paiva)

Todo bebê está submetido a apresentar possíveis problemas auditivos ao nascer ou adquiri-los nos primeiros anos de vida. Com a finalidade de prevenir a deficiência auditiva ou até mesmo de remediar, no caso dos bebês que apresentam surdez congênita, foi criada a lei municipal nº. 3028, de 17 de maio de 2000.
Tal lei se refere a um programa de triagem auditiva neonatal que tem como finalidade avaliar a audição em recém nascidos. Esse programa é eficaz no sentido de prevenção e cuidados auditivos, sendo indicado por instituições do mundo inteiro, visando o diagnóstico precoce de perda auditiva, uma vez que sua incidência, na população geral, é de 1 a 2 por 1000 nascidos vivos.
Saiba questões importantes em relação a esse teste, como:

Quando deve ser feito?

Orienta-se realizar o teste da orelhinha, nos primeiros anos de vida do bebê (3 meses), detectando perdas precoces que possam influenciar no aprendizado da linguagem. Geralmente o exame é realizado no berçário em sono natural, de preferência no 2º ou 3º dia de vida. O tempo de duração varia entre 5 e 10 minutos, não tem qualquer contra-indicação, não acorda nem incomoda o bebê. Não exige nenhum tipo de intervenção invasiva (uso de agulhas ou qualquer objeto perfurante) e é absolutamente inócuo. A triagem auditiva é feita inicialmente através do exame de Emissões acústicas evocadas (código 51.01.039-9 AMB).


Como marcar o teste?

Procure clínicas que possuem médicos especializados em otorrinolaringologia e procure também o fonoaudiólogo, esses irão encaminhar e realizar o teste da orelhinha, respectivamente.

Qual o método utilizado?

O método mais utilizado para a triagem auditiva neonatal é o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAs) de acordo com o código (51.01.039-9 AMB).
Considerado bastante objetivo, este exame é indolor e de execução rápida, realizada durante o sono natural do bebê.
Utiliza-se um fone na parte externa da orelha do bebê. Demora de 5 a 10 minutos e não tem qualquer contra-indicação, não acorda nem incomoda o bebê.
O exame de EOAs baseia-se na produção de certo estímulo sonoro, bem como na percepção do retorno desse estímulo (eco), o registro é feito através do computador, verificando se a cóclea (parte interna da orelha) está normal, ou seja, em funcionamento, é emitido um gráfico com o diagnóstico do exame.

Como é dado o resultado?

Após o final do exame, além do resultado, é passado para o responsável e para o médico que solicitou o exame, um protocolo de avaliação. No caso de suspeita de alguma anormalidade após a realização da triagem auditiva neonatal, o bebê será encaminhado para uma avaliação otológica e audiológica completa.

Com o objetivo de ajudar a prevenir a deficiência auditiva, seguem abaixo alguns fatores que levam à surdez:

Fatores de risco para a surdez :
Bebê de 0 a 28 dias
- História familiar: ter outros casos de surdez na família;
- Infecção intra-uterina: provocada por citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital ou toxoplasmose;
- Baixo peso;
- Hiperbilirubinemia: doença que ocorre 24 horas depois do parto. O bebê fica todo amarelo por causa do aumento de uma substância chamada bilirrubina;
- Medicações ototóxicas;
- Síndromes neurológicas: Síndrome de Down ou de Waldemburg, entre outros.

Linguagem e pensamento



Aquisição da Linguagem.

A linguagem, segundo estudiosos, é uma função inata que permite ao indivíduo simbolizar o seu pensamento e decodificar o pensamento do outro. Através dela facilita-se a troca de experiências e conhecimentos, interferindo na percepção da realidade.

A origem da linguagem é resultado de um processo de socialização do ser humano, que é estimulado pelo meio em que se vive, no qual ocorre a adequação dele e a transformação, proporcionando associações das diferentes áreas sensitivas, perceptivas e motoras.
O pensamento precede a linguagem, que também é considerada outra forma de pensamento. A etapa das imagens mentais precede a primeira palavra da criança. As imagens mentais, segundo estudiosos, são cópias ativas da realidade que é organizada pelo cérebro.

É de extrema importância que fique bem esclarecido que ao fazer referência da palavra imagem a primeira coisa que vem em mente são as imagens, porém não se restringe aos modelos visuais, considera-se também as auditivas, somestésicas, cinestésicas, etc
Na medida em que a criança se desenvolve e aprende sobre os indivíduos, linguagem e objetos de forma simultânea, logo em seguida esse se modifica devido à linguagem que sofre algumas influências de outras aquisições.

Primeiramente, se desenvolve a compreensão por volta dos 3 meses, quando a criança já apresenta compreensão das situações e em seguida a expressão. São processos independentes, porém na aquisição do vocabulário, do ponto de vista interno permitida pela expressão, faz com que a compreensão se desenvolva mais.

Prevenindo a deficiência auditiva



Os cuidados com a audição.

Todo indivíduo para desenvolver uma linguagem, em especial na fase inicial da aquisição dessa, necessita de alguns requisitos e entre eles está a audição.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a deficiência auditiva ocupa o terceiro lugar entre as deficiências no país.

Antes do nascimento o feto já apresenta a capacidade de ouvir alguns sons. Após o nascimento a criança começa a ficar exposta a um universo de sons diferentes, predominando a linguagem falada. Através dos estímulos e exposição repetitiva dos sons da língua, a criança passa também a dar significados, dando início ao processo de construção da linguagem.

Partindo do pressuposto da importância do estímulo auditivo, a criança que não ouve tem tendência de apresentar dificuldades na construção da fala e da linguagem, bem como futuramente acarretar problemas na leitura e na escrita que a acompanhará por todas as fases de sua vida.

Ressalta-se que existem várias formas de prevenir a perda auditiva, ter conhecimento de algumas informações é fundamental, e colocá-las em prática é mais importante ainda. Os pais são os principais colaboradores da prevenção auditiva, visto que precisam saber como proceder desde o momento em que planejam ter um filho até a fase adulta dessa criança.

Segue abaixo alguns cuidados que os pais devem ter para propiciar uma boa saúde auditiva aos seus filhos. Observe:

Cuidados ao engravidar

• Ao decidir engravidar procure orientação médica;
• Caso exista alguma pessoa com deficiência na família realize um exame conhecido como cariótipo, através desse o casal identificará a probabilidade da criança apresentar deficiência;
• Antes de engravidar tome conhecimento das vacinas que deve tomar para prevenir a surdez e garantir a saúde do bebê. A rubéola, por exemplo, é uma doença que, quando adquirida por uma gestante, pode provocar surdez e cegueira no feto.

Cuidados durante a gravidez

• Sempre consultar o médico antes de tomar qualquer medicamento, por mais simples que seja;
• Não ficar exposta a raios-x e tirar somente em casos extremamente necessários;
• Não consumir bebidas alcoólicas, drogas e fumos.

Cuidados após o nascimento do bebê

• A amamentação é extremamente importante, visto que fornece nutrientes, favorece a produção de anticorpos, bem como é responsável por uma ligação extremamente afetiva com a mãe. A postura em que a criança é colocada é muito importante, pois quando amamentada em posição errada pode provocar o desenvolvimento de otite, a posição mais ereta é a ideal;

• Atenção com objetos pequenos, como grãos de milho, feijão entre outros, pois a criança pode inserir no ouvido;
• Utilizar o cotonete somente na parte externa do ouvido;
• Evite deixar a criança exposta a ruídos intensos ou brinquedos que apresentam barulhos altos e estrondosos;
• Ficar atento a determinadas doenças que causam perda auditiva como, Sarampo, Caxumba, Meningite, Rubéola, Sífilis entre outras.

Prevenção Vocal



Hábitos de higiene vocal.

A voz é considerada como um conjunto de sons que é fabricado na laringe através das cordas vocais. Conhecida também como linguagem, a voz é considerada uma forma de comunicação.
Todo indivíduo e principalmente aquele que utiliza a voz como fonte de trabalho, deve ter alguns cuidados de saúde e higiene vocal.
O indivíduo, para apresentar uma boa saúde vocal, deve ter consciência do que é permitido realizar, o que deve ser evitado e principalmente o que é extremamente proibido.
Quando se apresenta quaisquer sintomas ou alguma dificuldade em relação ao nível vocal, orienta-se que procure um médico Otorrinolaringologista, bem como um orientador de técnicas e cuidados vocais, o fonoaudiólogo.

Como toda a parte do corpo merece cuidados, com a voz não poderia ser diferente. Segundo estudos realizados existem determinados cuidados a serem seguidos. Observe abaixo:

Conheça algumas orientações a ser seguidas, que propiciam a saúde vocal, em especial aqueles que trabalham com a voz:

• Manter a postura correta enquanto se trabalha com a voz, alinhando o eixo cabeça-pescoço e costas de forma relaxada.

• Realizar o aquecimento e desaquecimento vocal antes e após os esforços vocais, através dos exercícios aprendidos nas sessões de Técnica Vocal.

• Manter o aparelho fonador hidratado, bebendo uma média de 2 litros de água por dia, em temperatura ambiente.

• Ter uma alimentação saudável, rica em alimentos leves e de fácil digestão (frutas, legumes, vegetais, peixe, frango).


• Ingerir frutas cítricas ou o sumo destas frutas, que auxiliam a absorção do excesso de secreções bem como a maçã que tem propriedades adstringentes.

• Fazer repouso vocal após o uso intensivo da voz.

• Relaxar e trabalhar o controle emocional, através de técnicas específicas etc.

• Praticar exercício físico regularmente, como natação, ciclismo, aeróbica, etc. (respiração e alongamento dos músculos).

• Sempre que possível, respirar pelo nariz.

• Aprender a ouvir a própria qualidade vocal, de forma que reconheça o esforço vocal e as tensões desnecessárias e conseguir assim evitá-las.

• Dormir 8 horas por noite e repousar nos períodos de maior trabalho vocal.

• Em caso de sintomas ou dificuldades a nível vocal, consultar um Otorrinolaringologista ou um orientador de Técnica Vocal.

Além de seguir tais orientações, sugere-se que evite determinadas situações:

• Evitar freqüentar ambientes ruidosos, antes e depois do esforço vocal.

• Evitar a permanência em ambientes refrigerados ou aquecidos por ar condicionado, devido retirar a umidade do ar destes ambientes.

• Evitar ambientes com poeiras, mofo ou cheiros fortes e irritantes.

• Evitar tossir ou pigarrear, já que favorecem o atrito nas cordas vocais; optar por engolir saliva ou beber água.

• Evitar usar a voz em excesso após ingestão de grandes quantidades de aspirina, calmantes ou diuréticos, devido ressecar a mucosa.

• Evitar alimentos pesados, muito condimentados ou gordurosos antes de deitar, evitando o refluxo gastroesofágico.

• Evitar também estes alimentos antes do esforço vocal.

• Evitar esforços vocais durante o período pré-menstrual, já que as alterações hormonais facilitam o desenvolvimento de disfonias.

• Moderar o consumo de café, chá preto e bebidas com gás, entre outras bebidas irritantes.

• Evitar o consumo de leite e derivados antes de intensa atividade vocal, pois aumentam a secreção de muco no trato vocal.

• Evitar as roupas apertadas junto ao pescoço e cintura (golas altas, cintos apertados, calças ou saias muito justas) e sapatos de salto alto.

• Evitar falar enquanto se faz exercício físico.

Certas atitudes são consideradas extremamente proibidas, quando se refere a saúde vocal. Conheça algumas delas:


• Proibido fumar, o cigarro é inimigo de quem trabalha com a voz.

• Nunca fazer esforço vocal ou cantar quando não se apresentam boas condições de saúde, principalmente estados gripais ou crises alérgicas.

• Nunca expor o aparelho fonador a choques térmicos, como mudanças bruscas da temperatura do ar e alimentos ou bebidas geladas ou muito quentes.

• Evitar locais poluídos com fumaças.

• Nunca tomar medicamentos por conta própria; o uso de pastilhas, sprays ou anestésicos sem orientação médica pode agravar os sintomas e ter graves conseqüências em longo prazo.

• Evitar ingerir chás e infusões de efeito desconhecido, pois nem sempre resolvem o problema e podem acabar por irritar ou ressecar as mucosas.

• Não utilizar o álcool ou qualquer outro tipo de drogas como desinibidores, pois ressecam e anestesiam a garganta, provocando abusos vocais.

• Evitar gritar, falar muito alto ou sussurrar devido forçar o atrito exagerado das cordas vocais.

• Não trabalhar a voz ou ensaiar por mais de uma hora sem descanso, entre outros.

A atuação fonoaudiológica com o bebê prematuro


Cuidando do bebê prematuro.

Atualmente, o estudo do bebê prematuro tem ganhado mais ênfase. Segundo estudos realizados, esses bebês podem apresentar alterações iniciais na formação e maturação biológica, podendo ou não ter seqüelas. Essas seqüelas que podem vir a ocorrer, podem interferir no desenvolvimento normal das seguintes partes: motora, auditiva, física e psicológica da criança, alterando o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem.

O recém-nascido tem tido um enfoque merecido em diversas áreas da saúde com o objetivo de proporcionar um melhor desenvolvimento para esse.
O trabalho de desenvolvido com o bebê prematuro é realizado de forma bem complexa, envolve conhecimento em neonatologia, em distúrbios da comunicação humana, da audição e de neurologia infantil.

O fonoaudiólogo atua com a equipe multidisciplinar, buscando realizar um trabalho coerente no qual venha a refletir uma concepção de desenvolvimento. A sobrevivência de um número maior de bebês prematuros depende totalmente do acompanhamento detalhado, para que esse tenha uma boa evolução. A intervenção fonoaudiológica pode ser dividida didaticamente em imediata e de seguimento.

A imediata é a nível emergencial e a de seguimento refere-se à questão do acompanhamento do bebê prematuro, dependendo de condições de caráter administrativo, físico, materiais e, até mesmo, pessoais no sentido de desenvolver propostas teóricas para nortear o desenvolvimento do diagnóstico a ser dado.

A ação fonoaudiológica com o bebê prematuro é bastante ampla, visto que aborda tanto os comportamentos presentes e necessários à comunicação humana quanto os eventuais distúrbios que possa vir a surgir.
Ressalta-se que os padrões de normalidade usados como fonte de diagnóstico são abordados mundialmente em diferentes visões do comportamento humano.
Segundo estudiosos, alguns fatores são considerados como principais riscos para a evolução da linguagem:

1. Infecção perinatal
2. Peso ao nascimento
3. Dificuldade respiratória
4. Ototóxicos
5. Alteração de sucção/ alimentação
6. Malformações, principalmente cabeça e pescoço
7. Hiperbilirrubinemia/ transfusão exasanguínea
8. Antecedentes de perda auditiva
9. Antecedentes de distúrbios da linguagem.